Por Claudia Facchini | De São Paulo
A modelagem financeira para a aquisição das oito distribuidora do grupo Rede pela Equatorial Energia e a CPFL encontra-se em fase adiantada, de acordo com uma fonte a par das negociações. Após a conclusão dessa etapa, as empresas prosseguirão com o processo de auditoria das distribuidoras e, se essa fase for bem-sucedida, as negociações entram na reta final, de fechamento do contrato.
Até agora, as negociações seguem “normalmente”, afirma uma fonte. Na sua avaliação, por se tratar de uma operação complexa e cara para os compradores, é natural que eles busquem alguma garantia. “Sem uma cláusula de exclusividade, seria inviável. Nenhum comprador aceitaria investir em uma negociação desse tipo”, afirma uma fonte.
A percepção é de que os interventores não serão avessos à venda do grupo para a Equatorial e a CPFL, que apresentaram uma proposta conjunta. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a venda da Centrais Elétricas do Pará (Celpa), que também pertencia ao Rede, para a Equatorial em setembro. A agência também já havia declarado que não gostaria de fatiar o grupo e que esperava, em vez disso, que os compradores se unissem para comprá-lo integralmente.
Os bancos que estão assessorando o Rede, a Equatorial e a CPFL na operação são o Rothschild e o Credit Suisse, os mesmos que atuaram na venda da Celpa. A assessoria jurídica também está sendo realizada pelos escritórios que já haviam atuado na venda Celpa, o Felsberg & Associados e o Mattos.