Por.:Nadyenka Castro e Adriany Vital

Trabalhadores ligados ao Sinergia (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul) fizeram na manhã desta quinta-feira mais um protesto em frente à Enersul, em Campo Grande. Os terceirizados ameaçam greve, caso as reivindicações não sejam atendidas.

Os prestadores de serviços são responsáveis por trabalhos como leituras, religações, reparos e manutenção da rede.

Com faixas, panfletos e carro de som, funcionários de terceirizadas protestaram contra os valores repassados pela Enersul às empresas. Uma das faixas está escrito: “Chega de apagão nos nossos salários”.

De acordo com o presidente do Sinergia, Élvio Marques Vargas, o contrato da Enersul com as terceirizadas será renovado com valores de serviços inferiores aos praticados atualmente.

Com isso, o repasse às terceirizadas reduz e os trabalhadores ficam sem reajuste. Segundo Élvio, as empresas também não teriam como oferecer condições adequadas de trabalho.

Conforme o Sindicato, a situação também pode causar fechamento de empresas, como é o caso da Ertec, que fechou em maio deste ano.

Élvio explica que o menor salário pago aos trabalhadores terceirizados é de R$ 475 e a preocupação do Sindicato é que as empresas sejam obrigadas a manter ou a reduzir esse valor.

Almir Vieira da Silva trabalhava na Engelétrica, no serviço de leitura. Há 25 dias foi demitido e a empresa ainda não fez o acerto. Segundo ele, a Engelétrica alega que ainda não pagou os direitos dele devido ao atraso nos repasses da Enersul, mas a concessionária nega.

Após o protesto em frente à Enersul, os trabalhadores saíram em carreata até o Centro da Capital.

Fonte:www.campograndenews.com.br