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Com caixão, Sindicato protesta contra demissão em massa na Energisa e retirada de benefícios dos trabalhadores

Desde que a Energisa assumiu a concessionária de energia elétrica de Mato Grosso do Sul, pelo menos cerca de 500 funcionários foram demitidos sem justa causa. A denuncia da demissão em massa é do sindicato da categoria (Sinergia/MS). Enquanto isso, os demais trabalhadores estão apreensivos e temem novos desligamentos.

O Sinergia/MS realizou um ato de repúdio hoje de manhã, em frente ao Centro Operacional da Energisa, em Campo Grande. Caixão, cortejo e um enterro simbólico da “empresa” marcaram o protesto. “Esse cortejo representa toda a nossa tristeza e indignação com a Energisa”, afirmou dirigente sindical, Alicéia Alves Araújo.

Além das demissões, o protesto também é contra a retirada de direitos dos trabalhadores neste início de ano e a péssima qualidade prestada pela empresa. Segundo a presidente do sindicato, Elizete Almeida, a empresa não está preocupada com os seus funcionários e nem com os clientes.

“Com as demissões, muitos setores da empresa deixaram a desejar na qualidade do serviço prestado aos consumidores. Um exemplo é a religação de urgência, que foi cancelada na concessionária, e com isso, os clientes precisam esperar até 5 dias úteis para o religamento na cidade e de até 15 dias na área rural. Uma medida que penaliza a comunidade”, comentou Elizete.

Para o sindicato, não há motivos para as demissões, já que a crise econômica passa longe do setor elétrico. “A concessionária de energia elétrica de Mato Grosso do Sul é a mais lucrativa do grupo Energisa em todo país – o lucro representa 1/3 de toda a holding – e isso demonstra que a crise está longe do setor de energia. E mesmo com a crise, não há queda nos lucros, já que a maioria dos consumidores é residencial, e as pessoas não deixam de consumir energia elétrica”, ressaltou o vice-presidente do Sinergia/MS, Élvio Vargas.

O protesto dos trabalhadores é contra a retirada de direitos neste início de ano, como o corte na diária de viagem e as compensações dos feriados.

O vice-presidente do sindicato ainda afirmou que os protestos vão continuar em todo Estado. “Eles não têm respeito pelos trabalhadores, demitem de qualquer jeito, só pensando em dinheiro, no lucro e nos índices. Enquanto não tiver respeito por nós trabalhadores e por Mato Grosso do Sul, os protestos e as manifestações vão continuar”, reafirmou Élvio.

A entidade sindical também já acionou o departamento jurídico para tomar as medidas cabíveis.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

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