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Funcionários da MSGás e da Eletrosul paralisam as atividades contra privatização

Trabalhadores da Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGás) e da Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, paralisaram as atividades nesta terça-feira (3). A manifestação faz parte das ações do Dia de Luta pela Soberania Nacional, movimento contra o pacote de privatizações nas esferas federal e estadual.

Os funcionários da MSGás se reuniram em frente à sede da empresa, em Campo Grande, com cartazes contra a privatização. Os manifestantes também distribuíram panfletos com dados de 2015 e 2016, que apontam aumento do lucro líquido de 154% e um crescimento acima de 40% na distribuição do gás natural.

“O gás aqui em MS é estratégico tanto no comércio quanto na área industrial em Três Lagoas. E uma privatização passa a ter o foco somente no lucro. Isso vai encarecer e atrapalhar o desenvolvimento do Estado”, ressaltou o diretor do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

Tiago Andreotti e Silva, que é membro da comissão que representa os servidores da MSGás, informou que ainda não conseguiu uma nova reunião com o governo do Estado para avaliar como fica a situação dos funcionários. “Nós ainda não tivemos resposta e não queremos que essa privatização aconteça. Isso não faz sentido. A MS Gás é uma empresa lucrativa e estratégica”, avaliou.

Eletrosul

A presidente do Sinergia-MS, Elizete Almeida, participou do protesto de funcionários da Eletrosul realizado em frente à sede da concessionária em Campo Grande. A Eletrobras está entre as empresas que o governo federal pretende desestatizar e, se isso ocorrer, a Eletrosul também será privatizada.

“Com essa paralisação de hoje, queremos sensibilizar tanto a sociedade quanto o governo. A gente sabe que a privatização não traz benefício algum para a população. Temos aqui o exemplo da Energisa, antiga Enersul, que foi privatizada e não teve redução no custo da energia e nem melhorias”, afirmou.

Elizete acrescenta ainda que desde a privatização da concessionária de energia de Mato Grosso do Sul a rotatividade de empregados aumentou, provocando a precarização do serviço. “O que a gente percebe em todas as privatizações é a redução de salário, demissão de funcionários e contratação de mão de obra mais barata, sem que isso traga qualidade na prestação do serviço para a sociedade”, comentou.

Assembleia Legislativa

Durante as paralisações, os manifestantes seguiram para a Assembleia Legislativa. O diretor do Sinergia-MS, Elvio Vargas, fez um pronunciamento na tribuna destacando a importância das empresas MSGás e Eletrosul. Os deputados Paulo Siufi (PMDB), Amarildo Cruz (PT), Pedro Kemp (PT), Grazielle Machado (PR), João Grandão (PT) e Antonieta Amorim (PMDB) também são contra a privatização dessas companhias e manifestaram apoio aos trabalhadores. Clique aqui e veja como foi a manifestação na Assembleia Legislativa.

O Sinergia-MS não descarta a realização de novos protestos. “Caso não haja sensibilidade do governo, podemos voltar a fazer protestos e paralisação por tempo indeterminado”, finalizou a presidente do sindicato, Elizete Almeida.

 Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

Funcionários da MS Gás e da Eletrosul paralisam as atividades contra privatização

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