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CPFL Energia estuda distribuidoras da Rede Energia há 18 meses, segundo interventor

Plano de recuperação enviado à Aneel precisa de melhorias, diz Sinval Gama


Não foi à toa que o acionista controlador da Rede Energia, Jorge Queiroz, fechou um acordo de exclusividade com a CPFL Energia e a Equatorial no mês passado. Um dos interventores do grupo Sinval Gama disse à Agência Canal Energia que a CPFL estuda os ativos há cerca de 18 meses. “As dúvidas que eles vêm tirar comigo são de terceiro nível [mais complexas]“, diz ele.
Ciente das necessidades que o endividado grupo carece, a CPFL pensa agora em uma forma de viabilizar a aquisição, quando for aprovado pela Aneel o plano de recuperação de R$ 773 milhões apresentado à agência por Queiroz na semana passada. “O plano precisa de pequenas melhorias”, diz o interventor. Para ele, essa quantidade de dinheiro não se acha em qualquer lugar. “Eles vão ter que pensar se recorrerão a bancos, como BNDES, BID, banco A, B, C, emissão de debêntures, não sei”, opina Gama, que acredita que a intervenção terminará “mais rápido do que a gente pensa”.
O interventor diz que o plano de recuperação apresentado não aponta um eventual candidato para transferência de controle. Após a aprovação, Queiroz terá o controle e o poder de decisão para negociar com quem quiser. “O plano é complexo. São oito empresas. A Aneel deve ser prudente e fazer uma análise bem consistente”, diz Gama.
O grande número de interessados que surgiu fez com que o controlador elegesse um grupo para negociar mais de perto. Além da CPFL e Equatorial, players como Copel, Energisa, Cemig, J&F e fundos de investimento tentaram iniciar conversas com o dono da Rede Energia. A parceria formada entre a Copel e a Energisa, inclusive, se disse surpresa após o anúncio do acordo de exclusividade firmado com a CPFL e Equatorial.
No final de agosto, a Aneel decretou intervenção em oito distribuidoras da Rede Energia: Cemat (MT), Celtins (TO), Enersul (MS), CFLO (PR), Caiuá-D (SP), Bragantina (SP), Vale do Paranapanema (SP) e Nacional (SP). A intervenção nas empresas foi justificada pelos diretores pela situação econômico-financeira, operacional e de inadimplência das concessões. As dívidas das empresas chegavam a R$ 5,34 bilhões em setembro de 2011 e as dívidas intrassetoriais em R$ 365 milhões, em abril deste ano.

Fonte: Canal Energia

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