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Assessoria Jurídica do Sinergia-MS esclarece dúvidas sobre o Plano de Saúde dos Aposentados

Na noite dessa terça-feira, dia 4, o Sinergia-MS realizou uma reunião sobre o Plano de Saúde dos Aposentados, com a participação dos advogados Alexandre Cantero e Larissa Cantero, que integram a assessoria jurídica do sindicato. Na ocasião, os aposentados rebeceram informações sobre o aumento abusivo nas mensalidades e a situação atual do Plano de Saúde da EnergisaPrev.

No mês de setembro, os aposentados foram surpreendidos com cobranças adicionais no Plano de Saúde referente ao reajuste de 50,85% aplicado pela Unimed para a faixa etária de 59 anos ou mais. A situação atinge os aposentados que eram beneficiários da Fundação Enersul, que foi incorporada pela EnergisaPrev em 2017.

“É uma situação preocupante porque o aumento é muito expressivo. Desde quando houve a incorporação, o sindicato acompanha essa questão do plano de saúde para garantir que os aposentados, que dedicaram uma vida inteira à empresa, não sejam prejudicados”, afirmou o presidente do sindicato, Elvio Vargas.

reajuste já havia sido barrado pela Justiça por meio de liminar em 2019, como resultado da ação civil pública do Ministério Público, que foi impetrada após denúncias do Sinergia-MS. Essa decisão impediu ainda que a Unimed encerrasse o contrato de assistência aos aposentados de forma unilateral, como prentendia a operadora do plano de saúde.

“A intenção da Unimed e da EnergisaPrev era acabar com a assistência para os aposentados. Esse plano de saúde só existe por causa da intervenção do sindicato e da Associação dos Aposentados da Enersul [Aposen]. Nós procuramos o Ministério Público e conseguimos essa decisão judicial”, explicou Elvio Vargas.

“Foi uma decisão muito importante porque, logo em seguida, começou a pandemia e conseguimos garantir que os aposentados, num momento tão difícil, continuassem com o plano de saúde e sem o reajuste abusivo que estava sendo proposto”, explicou o advogado Alexandre Cantero.

Na época, a decisão judicial autorizava o reajuste de 29,74%, e não de 50,85%. O índice de 29,74% seria mantido tanto para o titular do plano quanto para seus dependentes, até o julgamento final da ação. Contudo, a Unimed entrou com recurso no Tribunal de Justiça e conseguiu derrubar a liminar em agosto deste ano.

Providências

O Sinergia-MS e a Associação dos Aposentados da Enersul (Aposen) vão procurar o Ministério Público, que conduz o processo, para reforçar o impacto negativo do aumento abusivo na vida dos aposentados. Outra preocupação apresentada durante a reunião que será levada ao órgão é a aplicação do reajuste anual, previsto para novembro.

“Vamos pedir a suspensão do reajuste anual até que seja concluída a perícia sobre a sinistralidade, para avaliar se houve aumento de custo que justifique o reajuste, e a celeridade na tramitação do processo, especialmente porque as pessoas que fazem parte deste plano são idosas. A assessoria jurídica segue trabalhando para um desfecho favorável aos aposentados”, explicou Alexandre Cantero.

“Resoluções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e algumas decisões judiciais têm prejudicado usuários de plano de saúde em todo o país, permitindo esses reajustes por faixa etária, mas isso não pode acontecer sem comprovação do aumento dos custos por parte da operadora do plano de saúde e de forma abusiva como tem acontecido com os aposentados da Energisa”, ressaltou Larissa Cantero.

Atualmente, o processo tramita na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneo de Campo Grande, na fase de produção de provas testemunhais e perícias.

Histórico

Em abril de 2019, os aposentados da Energisa foram surpreendidos com uma carta da EnergisaPrev informando que a Unimed iria encerrar o contrato de assistência médica. O Sinergia-MS fez denúncias ao Ministério Público, que acionou a Justiça.

No dia 10 de maio de 2019, o juiz substituto José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, acatou o pedido da ação civil pública do Ministério Público e proibiu o cancelamento de forma unilateral dos planos de saúde dos aposentados.

Na mesma ação, o procurador Fabrício Proença de Azambuja também pediu a suspensão do aumento abusivo de 50,85% em razão da faixa etária para as pessoas com 59 anos ou mais. A Justiça acolheu os argumentos da ação e determinou a redução do reajuste para 29,74%

A liminar foi derrubada pela Unimed em agosto deste ano e, agora, a assessoria jurídica do Sinergia-MS busca reduzir o reajuste novamente.

Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

Sinergia-MS esclarece dúvidas sobre reajuste do Plano de Saúde dos Aposentados

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