Filiado a

Pesquisar
Close this search box.

Trabalhadores da Energisa-MS aprovam PLR, mas reprovam proposta de ACT

Em assembleia virtual realizada nesta terça-feira, dia 29 de novembro, os trabalhadores da Energisa-MS recusaram a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022/2023 apresentada pela empresa. A votação ocorreu pelo aplicativo zoom e teve a participação de 385 trabalhadores da capital e do interior do Estado.

A proposta da empresa previa reajuste salarial de 6,46%, que corresponde a reposição do INPC, para os salários, de forma fracionada. Dessa forma, seria um reajuste de 4,72% (70% do índice) a partir de novembro (data-base) e reajuste de 1,94% (30%) a partir de janeiro de 2023 (sem retroativo).

Os demais benefícios, como ticket alimentação e refeição e extraordinário de final de ano, teriam reajuste de apenas 6,46%, que corresponde ao INPC.

A empresa também propôs a limitação de direitos para os trabalhadores afastados por auxílio-doença, com o pagamento da complementação do salário e do ticket alimentação por 4 meses e do auxílio medicamento por 12 meses, sendo mantidos o plano de saúde e o plano odontológico. No acordo atual, não há limitação de tempo.

Na proposta, a Energisa-MS informou ainda que será necessário um estudo aprofundado para analisar a possível alteração da escala 4 x 2 rotacional.

Após a apresentação de cada tópico, os dirigentes sindicais abriram a votação. Foram 95% dos votos contrários e apenas 5% a favor da proposta.

“Esse resultado mostra a insatisfação da categoria, depois de um ano de muito trabalho, de muito esforço e de muita entrega, e agora, na hora de recompensar os trabalhadores, a empresa faz isso. Diante de todas as reivindicações que o sindicato apresentou, o que a empresa propõe é decepcionante”, avalia o presidente do Sinergia-MS, Francisco Ferreira.

pauta de reivindicações, que foi aprovada pela categoria em assembleia e entregue pelo Sinergia-MS à empresa, conta com mais de 20 páginas e considera os anseios apresentados pelos trabalhadores na pesquisa realizada pelo sindicato.

Entre os pedidos dos eletricitários estão o reajuste do INPC + 1,5% de ganho real, reajuste de 10% no vale-alimentação e refeição, transporte para todos os trabalhadores, pagamento das horas de sobreaviso de segunda a sexta-feira, aumento do adicional de dupla-função, entre outros itens.

Com o mote “Energisa enriquecendo, trabalhador adoecendo”, a Campanha Salarial começou em outubro deste ano. Até o momento, foram seis rodadas de negociação entre o sindicato e a empresa. A próxima reunião está agendada para o dia 5 de dezembro (segunda-feira).

PLR

Durante a assembleia virtual, os trabalhadores da Energisa-MS também deliberaram sobre a proposta da PLR 2022 (a ser paga em 2023). Na votação, 87% dos participantes aprovaram, 11% reprovaram e 3% se abstiveram.

A proposta aprovada pela categoria é resultado de nove reuniões de negociação que foram realizadas com a empresa. “Assim como nos anos anteriores, nossa preocupação foi colocar pesos menores nos indicadores mais difíceis de atingir e pesos maiores naqueles indicadores com maior probabilidade de serem alcançados”, explicou o diretor Breno Mourão, que integra a mesa de negociação da PLR.

A fórmula da PLR continua a mesma. Houve mudança apenas no indicador Pendente, que foi substituído por Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD).

Uma outra alteração, que modifica o indicador de Hora Extra e terá impacto positivo na PLR, é a prorrogação da quitação do banco de horas, aprovada pela categoria em setembro deste ano.

Os indicadores da PLR são EBITDA, OPEX, DEC, FEC, Inadimplência, PCLD, Hora Extra Paga e Perdas Totais. Até o momento, a categoria já atingiu 90,7% do BSC (Balanced Scorecard ou Indicadores Balanceados de Desempenho), que também compõe o cálculo da PLR.

A mesa de negociação do ACT e da PLR é formada pelos dirigentes sindicais Francisco Ferreira, Gilson Pereira, Breno Mourão, Aliceia Araujo, Elvio Vargas, Valentim Delfino, Antônio Carlos Rodrigues Camuci e Roberto Schneidewind Junior e a economista do Dieese Andreia Ferreira.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

Últimas Notícias