O eletricista Valdir Carubelli, de 51 anos, funcionário da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), foi assassinado por um consumidor revoltado com o corte do fornecimento de energia de sua casa, no centro de Luiziânia, no interior de São Paulo.
Carubelli e um amigo faziam o corte de energia por falta de pagamento, na última sexta-feira, quando o morador da casa, Dionatá Ribeiro de Oliveira, 21 anos, foi tirar satisfação e, depois de entrar em discussão, atirou com uma espingarda calibre 28 no abdômen do eletricista.
De acordo com o investigador de polícia Manoel Izael de Oliveira, o eletricista se apresentou devidamente com o crachá da CPFL e avisou ao morador de que tinha de fazer o corte, por determinação da concessionária de energia. “Mas o morador não aceitou e disse que se ele fosse cortar o fornecimento teria problema”, contou o policial.
O eletricista disse que, se fosse preciso, chamaria a Polícia Militar para poder fazer seu trabalho. “Sem mais nem menos, o morador entrou na casa e saiu com uma espingarda, disparando um tiro na barriga do eletricista quando este fazia o serviço de corte”.
O eletricista foi internado, em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Santa Casa de Araçatuba, onde passou por cirurgia de três horas para retirada do projetil e recuperação do intestino, perfurado pelo tiro. Mas, na madrugada desta terça-feira, ele não resistiu e morreu. Seu corpo será enterrado ainda hoje no cemitério da cidade de Braúna, onde ele morava com a família.
Depois do crime, Oliveira deixou a casa, mas foi localizado e preso em flagrante pela Polícia Militar, na periferia da cidade. Ele mostrou aos PMs onde escondera a espingarda, sob um monte de areia de construção, em uma rua próxima à sua casa. Ele disse que tinha comprado a arma havia dois meses para se proteger de pessoas que o ameaçavam e que ficou revoltado quando o eletricista anunciou que cortaria a energia elétrica de sua casa.
Segundo o investigador, a polícia já tinha informações de que o rapaz possuía armas, pois tinha informações de que ele fora visto disparando tiros pela cidade. “A polícia chegou a revistar a casa dele dias antes, mas não encontrou a arma”, contou. Dionatá Rbeiro de Oliveira já tinha passagens pela polícia, uma delas na Fundação Casa por homicídio. Ele está preso na Delegacia de Polícia de Penápolis esperando vaga no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto.