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Eletricitários protestam contra demissões de 631 trabalhadores da Energisa/MS nos últimos 4 anos

Na manhã desta segunda-feira, dia 11 de junho, os eletricitários promoveram um ato contra a política de demissões da Energisa/MS. O protesto foi em frente ao Centro Operacional da empresa, em Campo Grande, e acontece no dia em que a concessionária de energia elétrica de Mato Grosso do Sul completa 39 anos.

Segundo denúncia do Sinergia-MS, 631 trabalhadores foram demitidos desde que o Grupo Energisa assumiu a concessionária, no ano de 2014, o que reflete na qualidade do serviço prestado aos consumidores.

Leia a nota do sindicato: 

Ao completar 39 anos, Energisa/MS é líder em demissões e reclamações por parte da população

Esta segunda-feira, dia 11, é uma data histórica para a concessionária de energia elétrica do Estado. No dia 11 de junho de 1979, foi constituída a Empresa de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul, a Enersul. Mas ao invés de comemorar os 39 anos de fundação, o Sinergia/MS vem a público manifestar sua indignação com a política de demissões implantada pela concessionária e, consequentemente, a queda na qualidade do serviço prestado aos consumidores.

No total, foram 631 trabalhadores demitidos desde que o Grupo Energisa assumiu a concessionária, no ano de 2014, destes, 178 desligamentos aconteceram no último ano. É uma das empresas que mais demitem em Mato Grosso do Sul. E essa alta rotatividade de empregados, que são substituídos por trabalhadores ainda sem experiência no setor elétrico, vem se refletindo na péssima qualidade do serviço prestado à população.

Tanto que a concessionária é, atualmente, uma das empresas com maior número de reclamações no Procon-MS. Em Campo Grande, por exemplo, foram mais de 900 registros nos primeiros quatro meses deste ano.

Hoje, os sul-mato-grossenses têm uma das tarifas de energia mais caras do País. O último reajuste, em abril deste ano, foi de 10,65% para imóveis residenciais e comerciais. Mas devido a uma gestão marcada pelo descaso com os trabalhadores e com os clientes, esses altos custos, que geram altos lucros para a Energisa/MS, não retornam à população, que vem recebendo um serviço de péssima qualidade.

Um exemplo é a retirada do serviço de ligação de urgência. Caso o consumidor tenha o fornecimento de energia interrompido por falta de pagamento, o prazo para religar hoje é de até 5 dias na área urbana e de 5 a 10 dias na área rural.

O sindicato ressalta ainda que, com a aquisição da Enersul, o Grupo Energisa obteve apenas o direito da concessão de explorar o serviço de distribuição de energia, o que não lhe dá o direito de explorar os trabalhadores e a sociedade. 

Na busca por medidas que possam mudar essa realidade, o Sinergia/MS vai propor uma audiência pública para discutir a qualidade do serviço prestado pela concessionária de energia elétrica de Mato Grosso do Sul, e pretende denunciar esse descaso da empresa com os trabalhadores e os clientes aos órgãos competentes de regulação e fiscalização.

Sinergia-MS (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado do Mato Grosso do Sul)

Eletricitários protestam contra demissões de 631 trabalhadores da EnergisaMS nos últimos 4 anos

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