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CPFL descarta risco de racionamento

O presidente do Grupo CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, disse hoje (08/01) não acreditar em risco de racionamento de energia no país por causa da redução do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Segundo Ferreira Júnior, a capacidade das usinas termelétricas usadas para suprir a queda no fornecimento é quatro vezes maior do que na época em que houve racionamento no país, em 2001.

O grupo atua na área de distribuição de energia, em quatro estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais), com 13% de participação no mercado nacional. Também atua nas áreas de geração de energia, com 19 usinas em operação, e de comercialização.

Para Ferreira Júnior, o risco de racionamento é mínimo porque todas as térmicas estão em funcionamento e o período de chuvas está começando. “Não há razão para que a gente tenha pânico no momento, pois todas as usinas [térmicas] foram despachadas [acionadas] para recompor o potencial dos reservatórios. É a função delas”, destacou.

Em relação a um eventual aumento das tarifas de energia devido ao uso dessas usinas, o presidente do grupo disse que a elevação é previsível. “Quando se tem a geração térmica, existe um expediente para que haja um repasse de preços à tarifa, mas no aniversário de reajuste das concessionárias”, disse.

O baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas deve ser um dos temas discutidos pelos integrantes do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que se reunirão amanhã (09/01), em Brasília. Presidida pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a reunião já estava prevista no calendário aprovado em dezembro passado, de acordo com nota do ministério.

Segundo Wilson Ferreira Júnior, o governo tem usado todos os instrumentos de que dispõe para enfrentar a situação, incluindo a liberação do uso das térmicas para que o país não enfrente falta de energia até a recomposição dos reservatórios das hidrelétricas. “Temos que reconhecer que o sistema hoje é muito mais robusto que no passado. Temos as termelétricas que estão funcionando e era o que tinha que acontecer mesmo”, explicou.

O presidente da CPFL Energia se reuniu hoje, em Brasília, com o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, para explicar uma operação que envolve o controle do Grupo Rede Energia.

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